Neste segundo ano de pandemia, em um dos momentos mais difíceis enfrentados pela humanidade, o Brasil ressaltou no dia 30 de abril, o Dia Nacional da Mulher. Para a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), o país não estaria conseguindo atravessar essa crise pandêmica sem a força e a coragem de milhões de mulheres.
As mulheres compõem cerca de 70% do contingente de profissionais de saúde no mundo e também são maioria no setor no Brasil. Por outro lado, também são as mais afetadas com salários menores, más condições de trabalho, desemprego e pressões psicológicas. “Mesmo assim, elas seguem firmes, solidárias entre si e para com o país, e cientes de seu dever. Estão trabalhando diariamente nos hospitais e postos de saúde, arriscando suas vidas para ajudar a população. O Brasil seria um lugar pior sem a força e a coragem da mulher”, diz Ireuda.
Desigualdade
A republicana também destacou a importância de se acelerar o processo de vacinação. “Isso é de suma importância para que retomemos a economia o mais rápido possível. A pandemia escancarou as diferenças sociais exorbitantes do Brasil, que se aprofundam mais a cada dia. E quem mais sofre são aqueles que já estavam em uma posição de vulnerabilidade, como negros, mulheres e os mais pobres de modo geral”, avalia a vereadora.
Segundo dados da FGV Social, pretos e pardos tiveram uma perda de 21,8% e 21,4%, respectivamente, sem suas rendas. Os brancos sofreram perda menor, de 20,1%. Atualmente, os negros representam 75% dos mais pobres no Brasil, enquanto que os brancos são 70% dos mais ricos. Já a taxa de homicídios entre negros de 15 a 29 anos chega a 98,5 por 100 mil pessoas. Entre os brancos, 34 por 100 mil. Entre homens pretos e pardos, o número ultrapassa todos os precedentes e vai a 185 por 100 mil.
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