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Ireuda diz que avanços das mulheres foram “unicamente devido à nossa luta” e defende punição

  • 8 de março de 2022

Nesta terça-feira, dia oito de março, data em que é celebrada o Dia Internacional da Mulher, a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara Municipal de Salvador, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), comemorou os avanços conquistados pelas mulheres nos últimos anos, principalmente nos últimos 12 meses. De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o empreendedorismo feminino apresentou recuperação no ano passado. Porém, outros dados evidenciam a persistência de ataques sexistas e casos de violência.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnadc), após retroceder para 8,6 milhões, no segundo trimestre de 2020, o número de mulheres dirigindo um negócio no país fechou o quarto trimestre em 10,1 milhões, voltando ao nível pré-pandemia.

“No início da pandemia, lamentamos a triste realidade em que as mulheres estiveram entre as mais prejudicadas pelas medidas restritivas. Agora, pesquisas mostram que essas empreendedoras conseguiram recuperar quase tudo o que perderam, unicamente devido à nossa luta, união e resistência. É louvável e animador, pois mostra que não fraquejamos diante de tantas condições adversas”, diz a republicana.

Por outro lado, Ireuda destaca a persistência de produtos da cultura machista, como falas sexistas, agressões e feminicídio, além de processos de exclusão que prejudicam o empoderamento feminino. De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registrou 56.098 estupros de mulheres ao longo de 2021, 3,7% maior em relação ao ano anterior. Foi um caso a cada 10 minutos. As mulheres negras e mais pobres são sempre as mais afetadas. Paradoxalmente, o orçamento do governo federal para combater a violência contra a mulher é o menor em quatro anos.

“Se políticas públicas de proteção perdem espaço, o machismo imediatamente ocupa esse espaço vago. Falar em proteger e amparar a mulher é falar em proteger a vida humana. Portanto, a negligência é inadmissível. Da mesma forma que, ao longo da história, a sociedade criou uma cultura da agressão, devemos agora instituir a cultura da punição”, pontua a vereadora.

“Reafirmo que, apesar dos desafios que ainda nos são impostos, também temos motivos para nos mantermos otimistas. As mulheres tiveram muitas conquistas e estão hoje num contexto muito melhor do que 100, 200, 300 anos atrás. Precisamos reconhecer isso para não perdermos a fé”, acrescenta.

Texto e foto: Ascom da vereadora Ireuda Silva;

Edição: Republicanos Bahia.