Olá, minha gente querida da Bahia! Uma pequena pausa nas atividades para provocar a reflexão acerca de um marco no Brasil de grande impacto e relevância, que é a abolição da escravatura. Essa conquista só foi possível por meio da Lei Áurea, mais precisamente acatada em 13 de maio de 1888, através da assinatura da princesa Isabel. Tenho aqui a oportunidade de relembrar com vocês a nossa história e fazer ponderações que julgo como pertinentes.
Como homem negro reconheço genuinamente a relevância dessa data por conta do fim da escravização em nosso país. Este ano completamos 134 anos da abolição da escravatura, mas não posso deixar de lembrar que com a falta da inserção dos escravos recém-libertos na época nas esferas da sociedade, gerou sequelas sentidas bastante até os dias atuais, especialmente em oportunidades.
É triste e até desesperador lembrar que de forma perversa os negros viviam pertencidos por outra pessoa e tidos como objetos. Hoje, mesmo com a oportunidade desigual e os estragos, muitas vezes irreversíveis, causados pelo racismo, temos sim direitos à cidadania estabelecidos, como qualquer outro cidadão. Mesmo assim, em situações diversas, ainda seguimos com a sensação de que a escravidão continua se fazendo presente de forma ainda gritante em nossa trajetória.
Preciso aqui ressaltar a disparidade no mercado de trabalho bastante sentida e claramente notória em qualquer setor que compõe a sociedade. Segundo informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, a população negra totaliza em 55,4%, o que resulta em 113 milhões de indivíduos. Agora pasmem. Nós negros ocupamos simplesmente 4,7% dos cargos executivos; 6,3% dos gerenciais; e 35,7% da folha ativada. Essa estimativa foi concedida por um levantamento do Ethos com base em uma apuração com as 500 maiores instituições atuantes do Brasil. Vale ressaltar ainda que mais de 63,7% dos brasileiros sem emprego são negros. Um panorama que classifico como cruel e que, de fato, atinge a autoestima e dignidade de qualquer cidadão negro.
Diante deste contexto percebo claramente a necessidade extrema de incentivarmos a criação de programas bem planejados dentro das instituições existentes no país. O maior objetivo seria contribuir com a igualdade em oportunidade para profissionais negros de diversos setores. Seria uma forma de combater muito positivamente a discriminação no mercado de trabalho, como minimizar a situação de tamanha desigualdade e desemprego.
Quero aqui garantir o quanto todos os nossos parlamentares são empenhados em lutar com toda força em favor da democracia e direitos humanos. Há mais de 20 anos de vida pública busco executar o que for necessário para dar celeridade a transformação social que a sociedade e todos nós almejamos. Que o silêncio jamais tome o lugar da nossa voz. Somos força, constância e resistência. Vamos juntos e em frente! Desejo uma excelente sexta-feira a todos!
Artigo escrito por Márcio Marinho, vice-presidente Nacional do Partido Republicanos, presidente estadual do Republicanos Bahia e deputado federal.
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