A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e vice da Comissão de Reparação, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), posicionou-se de forma enérgica diante de um caso de racismo em São Paulo. O vereador Camilo Cristófaro foi cassado por quebra de decoro pela Câmara Municipal de São Paulo, após uma fala racista vir à tona nos últimos meses.
O acontecimento em questão remonta a maio do ano passado, durante a CPI dos Aplicativos, quando repercutiu uma declaração profundamente racista proferida por Camilo Cristófaro: “Olha só, lavando a calçada. Isso é coisa de preto.” Para Ireuda, a fala é “inaceitável em qualquer contexto”, além de ser “violenta, agressiva, irresponsável e constrangedora”.
A indignação da vereadora cresceu ao abordar o fato de que, apesar da gravidade da declaração, a Justiça optou por arquivar o caso. O juiz Fábio Aguiar Munhoz Soares alegou que a fala de Cristófaro, embora possa ser considerada discriminatória, não foi proferida com a intenção de discriminar, argumentando que a frase foi retirada de um contexto de brincadeira e não de um contexto de intolerância.
“É inaceitável e revoltante que um vereador eleito pelo povo seja capaz de tamanha irresponsabilidade, ignorância e desumanidade. E é mais revoltante ainda que a Justiça tenha optado por arquivar o caso. Esta situação ressalta a necessidade de vigilância constante e da reafirmação de nosso compromisso em combater o racismo, seja na política ou qualquer outro lugar”, disse a republicana.
Para Ireuda Silva, essa justificativa é totalmente inaceitável e contradiz a lei, ao mesmo tempo que legitima o racismo. A vereadora expressou seu total repúdio à irresponsabilidade do vereador eleito pelo povo e à decisão judicial que arquivou o caso, chamando-a de “absurda”. “É total um absurdo, que contraria a lei e legitima o racismo”, disse a vereadora.
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