Olá, baianos! Amanhã, 20 de novembro, celebramos o Dia da Consciência Negra. Nesta data relembramos a morte de Zumbi dos Palmares. Ele e várias outras pessoas negras sofreram por séculos por conta da escravidão no Brasil. Não admitir o racismo significa também fazer justiça por quem historicamente lutou de forma incansável em prol da igualdade, dos direitos que temos na atualidade, além do respeito que buscamos indistintamente entre os cidadãos.
Ressalto aqui uma informação importante. Depois da África, o nosso país é classificado como o mais negro em âmbito mundial. De acordo com informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 52% dos brasileiros são negros. Mesmo sendo a maioria no Brasil, nós negros enfrentamos a desigualdade social e buscando a igualdade em oportunidades. Somos sujeitos ativos. Precisamos unir forças e participar de ocasiões que venham gerar a transformação profunda e extremamente necessária em nossa sociedade.
Sempre acreditei que a nossa maior riqueza é justamente sermos exatamente como somos, cada um com sua particularidade, mas infelizmente não é o que, de fato, acontece em nossa sociedade. De acordo com informações do 14° Anuário Brasileiro de Segurança Pública, somente em 2019, 4971 crianças e adolescentes foram assassinadas, destes 75%, eram jovens negros de uma faixa etária de zero e 19 anos no país. Um panorama cruel.
O racismo mata, fere e deixa marcas, em muitas famílias brasileiras e considero inadmissível em pleno século XXI. Como negro já sofri na pele o preconceito em diversas situações cotidianas. Quero aqui ressaltar o importante projeto 4.373/2020, que caracteriza a injúria racial como racismo, do senador Paulo Paim. Iniciativa essencialmente importante, pois nós, negros, vivemos diariamente situações, inclusive cotidianamente divulgadas nos veículos de comunicação do Brasil, que atingem intensamente a nossa dignidade e a autoestima.
Como negro e líder na Bahia do Republicanos, afirmo com muita tranquilidade o quanto os nossos parlamentares estão empenhados em defender a democracia e os direitos humanos, como também em lutar contra a intolerância, discriminação e preconceitos, que insistentemente assolam a nossa sociedade. De forma legítima repudiamos qualquer ato similar e lutamos veementemente, por meio de muito trabalho, para combater qualquer ato de discriminação racial. Contem comigo e nunca permitam que o racismo cale a sua voz. Lembrem-se: somos resistência! Desejo a todos uma sexta-feira de paz e produtividade! Um abraço 10!
Artigo escrito por Márcio Marinho, vice-presidente Nacional do Partido Republicanos, presidente estadual do Republicanos Bahia e deputado federal.
O PARTIDO
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