A vereadora de Salvador Ireuda Silva (Republicanos) espera que a Copa do Mundo seja uma oportunidade para refletirmos sobre a situação da mulher no mundo e no Brasil. No Catar, onde ocorre o evento esportivo, o feminicídio é o principal desafio enfrentado pelas mulheres, que ainda são tuteladas pelos maridos e precisam pedir permissão para estudar e trabalhar.
“Conhecer a realidade de outro país é importante para que saibamos exatamente o que conquistamos e o que ainda precisamos lutar para conseguir. É lamentável que muitas sociedades ainda se conservem no primitivismo, relegando à mulher papéis de quando a humanidade vivia nas cavernas. Não é só uma questão de diferenças culturais, estamos falando de vidas humanas, e isso é inegociável”, opina a republicana.
Relatório da ONG Human Rights Watch também aponta um alto índice de violência doméstica. Além disso, quando tentam denunciar, as mulheres correm o risco de ser devolvidas ao agressor, de ir presas ou ser internadas em clínicas psiquiátricas. “O Estado não as protege; ao contrário, age contra elas. Portanto, no Brasil, cobrar mais políticas públicas de proteção e empoderamento da mulher e efetividade no cumprimento da Lei Maria da Penha não é discurso vazio. E quem não levar isso a sério corre o risco de compactuar com eventuais retrocessos”, acrescenta Ireuda.
Texto e foto: Ireuda Silva.
Edição: Republicanos Bahia.
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