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Qual a importância do voto feminino nas eleições?

  • 19 de março de 2024

Brasília (DF) – À medida que nos aproximamos das eleições municipais deste ano, a importância do voto feminino surge como um fator crucial não apenas para os candidatos e partidos, mas para o futuro da democracia no país. Afinal, elas possuem um papel determinante no desenho do cenário político.

De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral, as mulheres representam 53% do eleitorado brasileiro, totalizando mais de 82 milhões de eleitoras aptas a votar no pleito deste ano. Além disso, elas se destacam por comparecer em maior número às urnas, com uma participação de 80% nas últimas eleições de 2022, em comparação com os homens, dos quais 78% votaram. Também é importante notar que em 2022, 34% dos candidatos eram mulheres. Essa ascensão não se limita apenas a números, mas reflete uma mudança significativa na participação política feminina, com mulheres cada vez mais envolvidas em questões sociais, econômicas e políticas.

Apesar do aumento na participação, as mulheres ainda enfrentam barreiras significativas no acesso a posições de liderança e representação política. A disparidade de gênero em cargos eletivos permanece como um desafio, ressaltando a importância de iniciativas que promovam a participação feminina na política. Nas últimas eleições municipais, em 2020, somente 651 cidades elegeram como seus representantes mulheres nas prefeituras (12,1%), contra 4.750 prefeitos homens (87,9%). Já nas Câmaras municipais, 9.196 vereadoras foram eleitas (16%), enquanto 48.265 vereadores foram eleitos (84%).

Um estudo realizado pelo TSE revelou que, dos 5.568 municípios em todo o Brasil, apenas 45 têm maioria feminina na composição de suas câmaras municipais. Esse número representa menos de 1% do total. Antes das últimas eleições em 2020, a proporção era ainda menor, com apenas 24 cidades elegendo mais mulheres do que homens.

Direito ao voto

Este ano marca um momento simbólico na história das mulheres na política. No último dia 24 de fevereiro, completou 92 anos da conquista do direito ao voto feminino no Brasil. O Código Eleitoral de 1932 reconheceu esse direito para mulheres acima de 21 anos, embora não fosse obrigatório. Em maio de 1933, uma Assembleia Constituinte foi eleita para redigir uma nova Constituição, estipulando que mulheres maiores de 18 anos poderiam votar, desde que fossem alfabetizadas, tornando o voto obrigatório para as servidoras públicas. Esses direitos foram estabelecidos na segunda Constituição do Brasil, promulgada em 1934.

Em 1946, foi promulgada uma nova Constituição Brasileira, que tornou o voto obrigatório para homens e mulheres alfabetizados. Em 1965, o voto passou a ser obrigatório para todos. Mulheres e homens não alfabetizados só adquiriram direito ao voto a partir da Constituição de 1988.

Filiações de mulheres

Em 2023, o movimento Mulheres Republicanas liderado pela atual secretária, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), lançou a campanha “Mulher, tome partido” em diversas capitais do Brasil. Iniciada em maio, a campanha incentivou a filiação feminina ao partido em todo o país, com o objetivo de aumentar a participação das mulheres nas Eleições de 2024. No total, o Republicanos conquistou a adesão de 10 mil novas filiadas.

Texto e arte: Agência Republicana de Comuniicação (ARCO).