O tema da campanha “Maio Amarelo” deste ano é “Respeito e Responsabilidade: pratique no trânsito”. A mobilização foi idealizada na perspectiva de reduzir de forma significativa as estatísticas de acidentes no trânsito brasileiro, cada vez mais crescente.
Uma série de objetivos pretende-se alcançar com essa campanha, dentre eles, o de promover mais empatia e humanização no trânsito e chamar atenção sobre como a impaciência e a intolerância refletem nas atitudes das pessoas quando estão dirigindo.
Respeito e responsabilidade deveriam ser valores inerentes ao ser humano, capazes de fazê-lo conviver no ambiente social sem trazer nenhum malefício ao próximo. Esse seria o modelo ideal de sociedade contemporânea que tanto idealizamos, mas analisar a realidade atual mostra o longo caminho que ainda precisa ser percorrido e as estatísticas de acidentes de trânsito é um triste retrato dessa questão.
Dados do Ministério da Saúde, divulgados em 2019, informam que quase 32 mil vidas foram perdidas nas vias brasileiras, fazendo o país ocupar o 4º lugar em número de mortes no trânsito. Em termos de estados brasileiros, a Bahia, embora no ano passado tenha conseguido atingir o marco de 50% de redução das ocorrências com a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”, ainda assim está entre os estados com mais mortes. Estamos diante de um cenário nacional que mata mais que uma guerra civil.
Para entendermos os motivos que levam a esse caos viário que ceifa milhares de vidas anualmente, basta analisarmos os três pilares da segurança viária: vias, veículos e fator humano. Diferente do que muita gente pensa, segundo dados apresentados por especialistas de trânsito, a maioria dessas mortes não está relacionada a fatores externos, como más condições de vias ou veículos, mas especificamente a condição do fator humano.
Causa estranheza imaginar, diante da triste realidade em que estamos vivendo com a pandemia, onde pessoas estão perdendo suas vidas para um inimigo invisível, outras milhares terem suas vidas ceifadas, anualmente, no trânsito.
Acredito que o momento é oportuno para enfatizarmos o assunto e trazer a nossa sociedade para uma reflexão mais profunda sobre os valores humanos que estão sendo esquecidos e o papel social que cada um de nós tem para transformar essa situação. Afinal, seja motorista, motociclista, passageiro, ciclista ou pedestre, somos agentes ativos do trânsito e quando apenas um de nós desrespeita as regras, todos passam a ficar em risco.
A lição que nos cabe nesse momento é entendermos que estamos falando de um problema de saúde pública e da necessidade de valorizar a vida. A tarefa não é fácil, mas o exercício constante do respeito e responsabilidade nos levará a uma sociedade mais educada e empática no trânsito e na vida.
Márcio Marinho – Deputado federal e presidente do Republicanos Bahia
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